A "Mudança para a Holanda" já aconteceu há alguns anos.
Hoje já tenho uma certa rotina mas, ainda, com algumas coisas novas... assim é a vida.

Muitas coisas aconteceram... nascimentos, amizades novas e fortes, outras frágeis e desfeitas.
E vai-se vivendo e aprendendo, ou não...afinal quem é perfeito? Eu tento...
E a vida ainda segue, meus caros, no "Vivendo aqui na Holanda"...
Seja bem vindo(a)!

quinta-feira, 27 de fevereiro de 2020

Vez ou outra


Eu encontrei uma conhecida uns tempos atrás na rua. 
Olha, apesar da cidade ser um ovo, não encontro e nem vejo uma pá de gente há anos.
Uma vez encontrei com uma outra que me disse que "tinham falado" que eu tinha voltado pro Brasil. Achei graça. As pessoas deixam de ter contato comigo e fazem deduções absurdas sobre a minha vida e saem espalhando por aí. Mais tonto é quem acredita. A pessoa ficou tão sem graça quando respondi que se ela realmente tivesse contato comigo, saberia da real.
Falando desta última, já fazia realmente um bom tempo que eu não a via. E olha que ela ainda mora perto da minha casa.
Da última vez que eu a encontrei, eu levei um passa fora bem ninja dela. Já até contei aqui o episódio...hahaha
Eu a tinha convidado para um café, numa tarde ensolarada lá no centro da cidade. Minha ideia era sentar num lugar legal e passar umas horas batendo papo, comendo bolo e tomando um café fresquinho. Porém, no meio do caminho, a mina resolveu entrar no supermercado, disse que tinha que comprar umas coisas. Ok. Lá tinha uma máquina de café. Ela pegou dois e me serviu. Ela simplesmente disse que era para tomar o café ali mesmo. Foi-se embora e me deixou ali plantada com cara de tacho.
Nunca mais, né gente! A gente tem sentimentos!
E assim os anos passaram. O menino dela, que era pequeno e que ela deixava comigo pra eu tomar conta, cresceu. Não precisou mais de mim. Não trocamos mais cartões de Natal e nem nos cumprimentamos mais nos aniversários. Virou uma perfeita estranha.
E eu encontrei com ela. Trombei com ela, literalmente. Ela ficou admirada. Já foi dizendo que não se conformava de não ter mais me visto por aí.
A conversa até engatou bem. Perguntei das crianças, da família. Até que ela de novo mencionou o fato de não ter me encontrado mais. Eu disse que se ela procurasse saber sobre mim, saberia onde me encontrar. Já estava até pensando em chama-la pra um café aqui em casa com a torta que ela gostava. Foi aí que ela estragou tudo dizendo que é muito ocupada, mas o problema não é ser "ocupada", o problema é a maneira esnobe da pessoa. De repente, a fisionomia dela mudou, parece que cresceu e se fez de superior. No estilo eu tenho coisas muito mais importantes na minha vida e também não preciso mais de você.
Pra mim, o recado foi dado mais uma vez. E também eu perdi o interesse. Daí quem não quer mais, sou eu.
Simplesmente encerrei a conversa:
"_Você é muito ocupada, eu sou ocupada, todos somos ocupados e assim caminha a humanidade, ocupada. Tchau!"
Virei as costas e saí andando. Sem olhar para trás!

Um comentário:

Analice disse...

Tem muitas pessoas assim. infelizmente.