E o ano novo começou...
Dá vontade de dizer que o ano, realmente, começou tudo novo mas não é bem assim que a banda toca.
Vou dizer que este fim de ano foi um pouco diferente. O Natal comemorado aqui em casa, em família. Mas sinceramente, caí numa armadilha. rs
Nosso segundo semestre de 2018 foi bem complicado. Aliás, bem tumultuado. E tem gente que acha que eu não tenho o que fazer e nem com o que me preocupar...
Uma bela noite de agosto, perto das 22h, minha cunhada mais nova que NUNCA telefona, telefonou.
Ela estava aos prantos no telefone. Meu sogro tinha descoberto, numa consulta com o urologista para o diagnóstico de um exame, um aneurisma abdominal.
Meu marido é o único filho que mora em outra cidade. Ele tem mais três irmãos que moram na mesma cidade dos pais. Um irmão que mora na mesma rua dos meus sogros.
Era época de férias... dois filhos, uma no Sri Lanka e o outro em algum lugar no sul da França, nada podiam fazer.
Ela, a filha mais nova, enfermeira, era a única que estava na cidade. Como ela tem duas meninas pequenas, sozinha, tarde da noite e no outro dia teria que ir trabalhar, eu resolvi que eu iria para meus sogros. Pensei que seria complicado para a minha cunhada ir ficar com os pais. A preocupação era que se alguma coisa acontecesse com meu sogro na madrugada, a minha sogra, com demência, seria incapaz de chamar a ambulância ou qualquer ajuda.
Arrumei as minhas coisas e caímos na estrada. Detalhe, meu marido voltou para casa na mesma noite pois tinha que trabalhar no dia seguinte.
Eu, sinceramente, não achei a situação assim tão perigosa para o meu sogro. O médico não teria sido tão imprudente de mandá-lo para casa em caso de risco de morte. No entanto, como a minha cunhadinha chorou e fez o maior drama...lá fui eu.
No dia seguinte, eu comecei uma arrumação...lavei, passei, fui ao supermercado e descobri coisas na casa que a gente nunca há de imaginar, nesta vida, do que uma pessoa com demência é capaz de fazer. Fiquei passada! Horrorizada! Triste! Indignada!
Constatei que os filhos dos meus sogros são visitas na casa dos pais...só fazem figuração. E isso me deixou mesmo muito irada.
E a minha cunhada apareceu, linda e loira, perfumada, de banho tomado, no final da tarde, bem na hora da janta aliás...e foi para filar a bóia! Eu mal tinha penteado o meu cabelo.
Chegou sem as filhas. Achei estranho.
Perguntei das meninas. Ela ficou sem graça. As meninas de férias com o pai, em algum lugar na Espanha.
E perguntei do trabalho dela, se ela tinha férias agendadas. E aí, meus caros, eu descobri que eu tenho uma cunhada safada e manipuladora...
Estava sem as filhas em casa. Podia ter ido passar a noite na casa dos pais.
E já estava de férias e o "trabalho" que ela tinha era uma pintura no quarto que ela PRECISAVA terminar antes de ir viajar com o namorado para a Grécia no dia seguinte!
Ou seja...nós aqui não precisávamos ter ido para a casa dos meus sogros. Eu fui porque pensei que ela estava com as filhas, tarde da noite e que, no dia seguinte, ela tinha que trabalhar. Meu marido saiu de casa, pegou estrada sozinho na volta, já de madrugada....enquanto ela poderia sim ter ido passar a noite com os pais. Ainda mais como enfermeira.
Ela...ao contrário...tratou de arrumar uma pessoa para ficar na casa dos pais dela, eu, para ela poder terminar as coisas dela e sair sossegada de férias mesmo com o pai à beira da morte. Aquele chororô todo no telefone era pensando no risco de perder a viagem para a Grécia, isso sim!
Quando a minha ficha caiu...fiquei muito chateada. Estava sendo usada.
Fiquei cinco dias na casa dos meus sogros, até ele ter a consulta médica dele. Meu marido acompanhou o pai mas teve que pedir um dia livre no trabalho. Felizmente, o médico descartou qualquer risco e que estava tudo bem.
Peguei as minhas coisas e voltei no mesmo dia para a minha casa. Até então, todos os outros filhos ainda estavam de férias.
Eu fiquei exausta. Minha sogra não deu trégua, mesmo ela passando algumas horas num centro de atividades diariamente, eu me ocupava com as coisas da casa. E quando ela chegava, ela não dava sossego. De noite, eu não dormia em paz. Ela entrava no meu quarto de madrugada, procurando pelos filhos. Eu ficava bem quietinha. No dia seguinte, ela sempre nervosa pela manhã. Dizia que as roupas do armário não eram dela e que não podia usar aquelas roupas feias...
Voltei para a minha casa, acabada!
Mas...era só o começo.
3 comentários:
Oi Eliana!! Feliz ano novo pra você! Obrigada pelo comentário carinhoso lá no meu blog :-).
Well... well... mas que coisa mais sem vergonha na cara o comportamento da cunhada, hein...realmente tem gente que só pensa mesmo em si.
Espero que, na medida do possível, tudo fique bem com o seus sogros. Força ai pra vocês. Bjs
Passado com essa história, estou acompanhando...
Ainda bem que você teve o "clique" e percebeu a manipulação da cunhadinha... é cada uma...
Mas nós brasileiros já estamos com o angu enquanto eles ainda têm o fubá, afinal nascemos na terra do "jeitinho".
já passei por uma situação dessa e foi tão horrendo descobrir o descaso daqueles que podia e devia acolher a quem tanto os acolheu. Eu sou uma pessoa assim, proativa, tento ajudar ao próximo, mas quando percebo que estou sendo usada e como foi no meu caso e estive lendo sobre o seu. Fico mais tranquila, pois quando dei um basta foi doloroso pra mim, e os demais ficaram chateados pois a mamata tinha acabado. Mas a minha dor foi pela pessoa ao qual eu estava tentando ajudar. Perdi perdão ao meu lado mais sensível e fui firme. Eu também fique tão sobrecarregada, um pouco doente mesmo, fisicamente e pelo abuso constatado. força!!!
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