A "Mudança para a Holanda" já aconteceu há alguns anos.
Hoje já tenho uma certa rotina mas, ainda, com algumas coisas novas... assim é a vida.

Muitas coisas aconteceram... nascimentos, amizades novas e fortes, outras frágeis e desfeitas.
E vai-se vivendo e aprendendo, ou não...afinal quem é perfeito? Eu tento...
E a vida ainda segue, meus caros, no "Vivendo aqui na Holanda"...
Seja bem vindo(a)!

domingo, 3 de maio de 2015

Oi? Perdi alguma coisa????


Recentemente participei de um evento que me interessava, profissionalmente falando.
Os assuntos discutidos eram interessantes, apesar de, algumas pessoas terem sido substituídas por outras, já que cancelaram a participação.
Aí, claro, durante os intervalos, rolava toda uma socialização, um bate papo, gente que se aproximava, se apresentava e engrenava lá num bate papo.
Conversei com algumas pessoas e o papo rolou solto até pro lado pessoal, falando de família, namoro, planos.
Eu gosto muito disso, dessa coisa desinteressada ou nem tanto. 
Hoje eu tenho um certo faro pra estas pessoas que estão apenas te sondando, com aquele olhar arrogante, pra saber o que você tem a oferecer e se é interessante para eles. Se não, bye bye, eles batem em retirada sem dizer tchau. Mas tem gente legal, que conversa, que é atencioso, generoso mesmo que nada tenha a ver com nada, são educados e não te dão a impressão de que estão perdendo tempo conversando com você.
Mas tudo isso me fez lembrar de um lema, que valia muito entre os colegas de trabalho, conhecidos de profissão: "uma mão lava a outra e as duas lavam o rosto". Todo mundo, de um jeito ou de outro, se ajudava. Mesmo que você não fosse a pessoa direta, você era capaz de dar uma informação, de indicar um nome, de dar uma ideia. E assim, da mesma forma as pessoas agem, num círculo, como um comportamento padrão, como um código de ética.
Apenas um exemplo, falo da minha mãe e minha tia.
Minha mãe é dessas pessoas. Seja o que for. Até pra avisar alguém da oferta de um produto no supermercado. De avisar alguém sobre algo que ela sabe que é importante para alguém. Seja o que for, ela avisa, ela comunica.
Minha tia, não. Ela não abre a boca, mesmo quando ela sabe que a pessoa precisa saber de algo. 
Uma vez, estavam as duas esperando por um ônibus. Minha mãe se afastou para pegar um suco e, neste momento, ela viu um senhor se aproximar da minha tia e falar algo.
Minha mãe se reaproximou e perguntou para a minha tia o que o homem queria. Ela disse que o homem queria saber de um endereço. 
Minha tia, simplesmente, respondeu que não sabia e sabe por quê? Porque ela não queria se dar ao trabalho de explicar e justificou que ele encontraria outra pessoa que lhe explicaria. 
Bom, minha tia perdeu de ganhar pontos no céu! rs Azar o dela!
Minha mãe ficou horrorizada.
E o pior, disso tudo, é que está cheio de gente assim.
Mas voltando ao assunto do evento, eu fiquei com alguns contatos. Aí, depois, me dei conta de que eu tinha algumas informações que eu sabia que seriam interessantes para elas. Mesmo porque lá na hora, é tão rápido que não dá tempo de falar de tudo.
Dei uma olhada para conferir uns dados e fiz a minha parte.
Olha, não voltou nem um "obrigado, trouxa", viu amiga Luana! rs
Será que a dinâmica mudou e estamos já no nível do "salve-se quem puder"?!?!?!



2 comentários:

Rosa Paula I Le Paquet disse...

Entendo perfeitamente esta sensação. Mas acho que também tem um lado, de que as pessoas estão tão acostumadas a sempre receberem algo com segundas intenções em anexo, que simplesmente não acreditam ou não sabem como reagir quando surge algo tão espontâneo assim. Anda difícil entender a dinâmica da vida. Se você perdeu alguma coisa, não se preocupe, estamos no mesmo barco ;)

Eliana disse...

Pois e, Rosa Paula
Pensei o mesmo, que eles tenham ficado muito desconfiados e pensando porque eu fiz isso. De graca e que nao pode ser, ne? O que sera que eu quero em troca? Melhor nem agradecer pra nao alimentar nada! Ai ai...