A "Mudança para a Holanda" já aconteceu há alguns anos.
Hoje já tenho uma certa rotina mas, ainda, com algumas coisas novas... assim é a vida.

Muitas coisas aconteceram... nascimentos, amizades novas e fortes, outras frágeis e desfeitas.
E vai-se vivendo e aprendendo, ou não...afinal quem é perfeito? Eu tento...
E a vida ainda segue, meus caros, no "Vivendo aqui na Holanda"...
Seja bem vindo(a)!

quinta-feira, 10 de abril de 2014

Desaparecidas no Panamá

Sabe, certos acontecimentos, na história até, me fazem pensar que holandeses são seres audaciosos.
Parece que se eles enfiam algo na cabeça, que tem que ser feito, eles vão lá e fazem. 
Basta dar uma olhadinha na história e ver quantos países foram colônias da Holanda. Nova York foi fundada por holandeses. E eles tentaram até o Brasil! Cruzam oceanos como se fossem para a esquina.
São audaciosos em suas engenharias, visto que vivem num país que antes era quase todo tomado pelo mar. Foram lá, e mandaram até o mar embora.
Só que certas coisas, a tal da audácia por exemplo, não os deixam ver os perigos.
Uma menina velajadora, que não devia ter nem 14 anos, foi proibida pela Justiça de velejar sozinha até o outro lado do mundo. E os pais já tinham autorizado, hein? Por mais madura, por mais que os pais confiem na filha, se fosse minha filha não ía nem a pau. Nem que tivesse 30 anos!
E que mania eles tem de se enfiar em lugares exóticos! Talvez porque a Holanda seja pobre em sua geografia: sem montanhas, sem florestas, sem cachoeiras, sem animais selvagens. Tá...tem uns gansos aqui meio selvagens.
Quantos não se meteram em grandes frias nestas suas aventuras. São chegados em chegar onde ninguém quer ir. São chegados em trabalhos sociais. Bom, acho nobre. Já pensou se ninguém ajudasse ninguém? Às vezes assimilo a palavra "utopia".
Mas eu queria era falar de duas jovens, com 21, 22 anos (consideradas aqui mais que adultas) que resolveram ir para os cafundós do Panamá, estudar espanhol, um tipo de intercâmbio. 
Aí eu me pergunto porque não foram para a Espanha aqui do lado? O que fazer num lugar, no meio de uma floresta, chamado de Boquete ainda por cima?
Acontece que estas duas sumiram. Estão desaparecidas desde a semana passada. Esta semana o pai de uma delas foi para o Panamá acompanhar as buscas.
Mostraram o lugar na televisão. Um povoado cercado por uma floresta. Se fossem filhas minhas, iriam é nunca para um lugar desses.
Poxa, gente, será que não mede o perigo? 
Pra começo de conversa são mulheres, jovens e lindas! Ir para um lugar, sozinhas, onde a cultura é machista, no meio do nada. Me desculpem, mas eu que, quase perdi a fé na humanidade, só consigo imaginar o pior. Aventura, trabalho voluntário ou sei lá o que elas tinham em mente. Naquele lugar?!?!
Aí fico pensando porque os pais permitiram? O mundo já não é um lugar seguro e alguns lugares são menos ainda, ainda mais para mulheres. Sejamos realistas. Olhem aí o que vira e mexe acontece na Índia. No Brasil até.
A mulher conseguiu sua emancipação, sua independência, é dona do seu nariz... mas há gente, lugares onde isso não conta. Estejamos conscientes! 
Aqui, considerado super seguro, acontece umas coisas que não se espera. Eu aqui fico maior ligada e não costumo dar mole, não. E, claro, mulheres sozinhas são sempre o alvo.
E me vão, duas mocinhas, lindas, loiras pro fim do mundo querendo trazer história pra contar na Holanda toda certinha e sem emoção.
Deus queira que elas sejam encontradas logo e vivas.


De acordo com as últimas notícias, as duas foram vistas, antes de sumirem, tomando café da manhã com dois homens que ninguém sabe quem são.
 

'Vermiste vrouwen Panama ontbeten met twee mannen'


4 comentários:

Luana disse...

xiii... provavelmente ja estao mortas... =(

Ana Célia disse...

Nossa, pelo pouco que sei o Panamá não é um lugar violento. Tem paisagens lindas la. Nunca fui, mas ouvi relatos de quem foi.
Ta certo que elas foram pro meio do mato...
Eu acho que certos povos europeus, por morarem em países tão seguros, não fazem ideia do que é correr perigo. Nós brasileiros já estamos calejados e temos medo de tudo.

Espero que sejam encontradas as mocinhas :/

Nadja Kari disse...

Fiz um mês de espanhol intensivo em Buenos Aires e acredite, a maioria dos estudantes eram holandeses. Mais que o número de brasileiros por lá. Em geral, eles pareciam ficar grudados entre eles, mas tinham uns desbravadores, normalmente os mais novos.

Que já haviam viajado por diversos países, especialmente pela Ásia. E agora era vez de fazer o mochilão na América Latina. Mas os que conheci também pareciam muito maduros e sabiam onde ir e onde não ir e quais locais evitar e horários desaconselhados para passeios em certos bairros. (muitas vezes mais informados que eu!).

Então, acho que vai de pessoa para pessoa. Tem gente que é mais no mundo da lua, dá trela para qualquer um e vê sinceridade em todos. E outros que estão mais preparados para diferenças culturais e para possíveis perigos no estrangeiro.

Carol Alencar disse...

Caramba que coisa hein!
Esperemos pelo melhor, mas se nao for, que sirva de exemplo pros proximos!