A "Mudança para a Holanda" já aconteceu há alguns anos.
Hoje já tenho uma certa rotina mas, ainda, com algumas coisas novas... assim é a vida.

Muitas coisas aconteceram... nascimentos, amizades novas e fortes, outras frágeis e desfeitas.
E vai-se vivendo e aprendendo, ou não...afinal quem é perfeito? Eu tento...
E a vida ainda segue, meus caros, no "Vivendo aqui na Holanda"...
Seja bem vindo(a)!

terça-feira, 23 de maio de 2017

O mercado de trabalho

Ontem apresentaram a primeira parte de um programa que resolveu especular sobre o desemprego entre as pessoas acima de 50 anos.
Olha, muita coisa que eu vi no programa, eu já pensava que era aquilo mesmo...e não precisou ninguém me falar nada. Aliás, eu evitava falar pois muitos achavam que eu falava bobagens.
Pois bem, eu mesma poderia ter apresentado o programa ontem. Não que eu seja uma expert e possa discorrer sobre o tema com propriedade, longe de mim. O conceito que formei está baseado na minha vivência por aqui ao longo destes anos. Nas dificuldades que enfrentamos e em tudo que vamos constatando.

Quando você chega aos 50 anos, a sua chance no mercado de trabalho é de 10%. Se você já tem 60 anos, esta chance cai para apenas 3%.
Aqui existem siglas para os diversos tipos de subsídios que uma pessoa pode receber do governo. Em diferentes instâncias. É uma confusão só. Você tem o seguro desemprego, logo após que você é demitido. Se você não consegue voltar ao mercado, você vai para uma outra categoria e periga você ter que se desfazer da sua casa, caso pague hipoteca, ir para uma casa social e receber uma pensão para ir passando.
Também se constatou que o sistema como está, promove que "as pessoas se tornem cada vez mais pobres". Claro, sem emprego, sem dinheiro!
O perfil do mercado está para empregos de contratos curtos, com determinadas cargas horárias. Mas isso não significa que quanto mais você tem contratos, e horas trabalhadas, você terá ganhos, ao contrário. Vários contratos significam muito mais descontos em impostos.
Eu achei muito interessante toda a análise. A realidade é cruel.

Aliás, uma das coisas que mostraram e que nomearam como "indústria do desemprego", porque, claro, tem gente que lucra com isso, em cima dos desempregados. Me refiro a estes diversos programas de puro bla bla bla a que estas pessoas desempregadas são obrigadas a participar. E a pesquisa sobre a eficácia destes programas de recolocação/motivacional/atualização duvidam do seu sucesso.
Claro que você pode se atualizar profissionalmente ou até mudar de profissão já que muitas funções se extinguiram. No entanto, tem um pequeno detalhe: a tal vocação.
E se você é estrangeiro a coisa fica mais complicada.
Eu me lembro do curso de integração, onde foram oferecidos cursos técnicos de formação profissional: cuidadora, enfermeira, cabeleleiro, jardineiro, padeiro...enfim...se você tem vocação, ótimo.
Agora quando você já se matou de estudar, tem diploma, trabalhou, tem experiência  estas coisas já podem não ser tão atrativas. Pior é não receber nenhum apoio, claro, a não ser que você deseje virar uma cuidadora. Ou seja, tem que ir ao encontro dos interesses daqui e não do seu próprio. E se eu não quero ser cuidadora, nem manicure, nem babá? 
Claro, dependendo da situação, a gente não tem como escolher, não é mesmo?
Ah mas a coisa é não é tão ruim assim, afinal as pessoas recebema ajuda. Pode até ser. A realidade é esta mesmo, quanto mais velho, mais complicado ficar no mercado de trabalho. E isso deve acontecer no mundo todo.
Agora quando você só pode se aposentar aos 67 anos, como é que fica? Todo mundo quer ter trabalho.
E o número real de desempregados é bem maior do que o divulgado. Pois se você tem apenas uma hora de trabalho na semana, você não entra na estatística. Assim como as pessoas registradas como "autonomas". Não importando se elas estão ativas ou não.
Semana que vem terá a segunda parte.

"Radar Extra Ze sturen honderden sollicitatiebrieven en krijgen vaak niet eens een ontvangstbevestiging. Laat staan een uitnodiging voor een gesprek. Vijftigplussers moeten verplicht solliciteren, maar het levert niets op. Waarom komt deze groep werklozen nauwelijks nog aan de bak? En waarom hebben we hier als samenleving geen antwoord op? Biedt een basisinkomen wellicht de oplossing? Antoinette Hertsenberg onderzoekt in een nieuw Radar Extra-tweeluik de gevolgen van een veranderende arbeidsmarkt.Deel I wordt uitgezonden op maandag 22 mei 2017, 20:30 uur op NPO 1Deel II wordt uitgezonden op maandag 29 mei 2017, 20:30 uur op NPO 1Bekijk ook de uitgebreide documentaire-pagina van 'Kans op werk: 3 procent'"

https://radar.avrotros.nl/uitzendingen/documentaires/kans-op-werk-3-procent/videos/kans-op-werk-deel-1/ 

3 comentários:

Unknown disse...

Com o agravante das consequências:depressão, psicosomopatias,isolamento social, até o suicídio. Nós ao menos fazemos festa, muita festa, Praia, cerveja, brigadeiro, e esse povo aí, o que têm para disopilar? O clima dever muito pesado.

Sandra disse...

Eliana, é realmente muito complicado.. depois dos 50 anos se você não pertencer a algumas carreiras como médicos, advogados vai ficando mais difícil. Enfim... e agora o que eu percebo também é a nova onda de "coach". Veja, nada contra. O problema é que agora parece que todo mundo é coach. Coach de carreira, coach de vida, coach disso e daquilo. É o nome do momento. O que me assusta são as pessoas (cuja história pregressa você conhece), que de repente, se transformam em coach (!), mas como uma alternativa de "ter o que fazer", do que propriamente talento para a coisa. Veja contratar um coach para guiar a sua carreira/vida é algo muito sério. Enfim, temos que ser cautelosos. Bjs

Eliana disse...

Pois é Sandra, a onda do momento é ser "coach". rs Coach de vida...Meus Deus..."de vida"???
Uns dois anos atrás, uma amiga passou por maus bocados...e aí nos reencontramos e eu, modéstia à parte, fui praticamente a sua coach de vida, sem remuneração rs...tudo bem...ajudei no que pude em termos de escutar e conversar com ela num momento difícil. E aí, um dia ela reaparece como coach de vida! E, ainda por cima, querendo me "catequizar", tudo por um bom preço, ela até falou de dividir em parcelas. Fala ae se eu posso com isso? rs Não dá, né? rs